Parque Nacional dos Pirinéus II

Vale de Ordesa e Monte Perdido

O dia mais fantástico e mais cansativo foi sem dúvida a visita ao sensacional Vale de Ordesa pela brutalidade das paisagens que nos proporcionou. Começou bem cedo, deixamos o carro no parque de estacionamento na Pradera de Ordesa, (atenção que há épocas do ano que não se pode levar a viatura até ao parque, a viajem terá de ser feita de autocarro a partir de Torla), e aí iniciamos a caminhada com o objectivo Cola de Caballo.Todo o percurso é de dificuldade baixa e em grande parte com trilhos largos, por isso ser tão visitada por pessoas de todas as idades, com e sem preparação.
O rio Arazas percorre todo o vale o que propicia vegetação muito densa ao longo de quase todo o percurso, cascatas enormes e o som da água a bater nas pedras que nos proporciona um passeio relaxante e maravilhoso.









Ao longo da viagem não paramos de fotografar qual a espectacularidade e altitude de tudo o que nos envolve, desde as cascatas de Arripas, a da Cueva, passando pelas altíssimas paredes verticais e rochosas do vale originadas pela acção do antigo glaciar.







Chegados à Cola de Caballo ficamos com vontade de subir mais um pouco imaginando o que se poderia ver lá de cima. Foi um começo receoso porque tivemos que escalar um pouco mas as correntes cravadas nas rochas para o efeito ajudaram a subir sem dificuldade aparente.


Cola de Caballo



Lá em cima tudo era diferente, a vista sobre o vale era indescritível. Continuamos até ao refúgio de Góriz e aí repousamos para recarregar baterias para o regresso. Gostaria-mos de continuar até à Brecha de Rolando ou até ao topo do Monte Perdido mas o tempo já era escasso, teria-mos que pernoitar no refugio mas não estávamos precavidos para passar ali a noite e mais um dia de caminhada. Ficou logo ali a promessa de um dia regressar para cumprir o objectivo.



Panorâmica do Vale de Ordesa




Refúgio de Góriz


Começamos a descida mas optamos por outro trilho, a Senda dos Cazadores, um trilho algo perigoso de se fazer com neve ou gelo. E ainda bem que o resolvemos fazer no sentido de regresso ao parque porque no final há um desnível de 600m em zigue-zague que parece que não ter fim... torna-se desesperante! Uma aventura para quem a tentar subir.




A famosa Brecha de Rolando é visível ao fundo



Não contabilizamos o tempo que demoramos a efectuar todo este percurso mas foram cerca de 7 horas (com paragens para fotografias e refeições) e uma distancia percorrida acima dos 20 quilómetros.
O cansaço era enorme, as pernas que o digam, mas valeu muito a pena... Recomenda-se até porque nós voltaremos,

Boas caminhadas

Sem comentários:

Enviar um comentário