Parque Nacional dos Pirinéus IV

Parque Lacuniacha

Aproveitando um dia menos bom para grandes caminhadas e porque o cansaço já se fazia sentir resolvemos visitar o Parque Faunístico dos Pirinéus, sito em Piedrafita de Jaca (Huesca), um bioparque de montanha com 10 hectares de extenção e com muitas espécies de animais selvagens e plantas protegidas. Um agradável passeio com uma duração média de 3 horas e de baixa dificuldade.
No inicio do passeio podemos visualizar Gamos, Corzos, Renas, Cervos, Cabras Montesas e os Sarrios, alguns destes mais escondidos pelo meio dos arbustos requerendo maior atenção.
Segue-se, a alguns metros, uma zona de muita diversidade de vegetação e que nos guia até ao refúgio dos Linces Boreais. Do miradouro construído para os observar conseguimos com alguma sorte deslumbrar duas, das quatro espécies existentes no parque, e que nos deixou maravilhados... muito tempo perdido a observá-los e fotografá-los, afinal de contas não é todos os dias que se vê um animal tão belo e em vias de extinção.
Continuando o percurso observamos os Bisontes Europeus, Cavalos Selvagens e para finalizar um dos momentos altos da visita... os Lobos, um animal muito esquivo e temeroso ao ser humano, por isso a impossibilidade da tal aproximação e dificuldade de observação dos mesmos.
Também nos foi aconselhado uma visita ao parque no Inverno por se encontrar com muita neve, levando equipamento adequado para o efeito, e presenciar a belíssimas paisagens... fica a proposta aos interessados!






Gamos, encontravam-se à solta por todo o parque




Cervos, descansando tranquilamente...





Lince Boreal, sem dúvida o ex-líbris do parque...



Bisonte Europeu

Vista panorâmica sobre as Rochas Telera

Cabra Montesa


Cavalo Selvagem




Lobo, sempre muito esquivo tornou a nossa tarefa de registo fotográfico muito árdua, mas foi compensadora como podem constatar a seguir.


Para mais informações visitem o site oficial do parque, que é o seguinte: http://www.lacuniacha.com

Parque Nacional dos Pirinéus III

Lago Fabrèges

Neste 4º dia da nossa estadia nos Pirinéus resolvemos visitar o Lago Fabrèges situado na pitoresca e típica aldeia de Artouste, na parte francesa dos Pirinéus e que se estende no sopé do Vale de Soussouéou e do maciço de Ossau. Constata-mos que pelo facto de o clima ser mais húmido as paisagens são mais verdes no lado francês do que do lado espanhol, o que lhes confere uma beleza e imponência singular. Foi sem dúvida um dia diferente e tranquilo que serviu para relaxar e recuperar energias. Fica a sugestão para visitarem esta zona bem interessante e harmoniosa dos Pirinéus.














Parque Nacional dos Pirinéus II

Vale de Ordesa e Monte Perdido

O dia mais fantástico e mais cansativo foi sem dúvida a visita ao sensacional Vale de Ordesa pela brutalidade das paisagens que nos proporcionou. Começou bem cedo, deixamos o carro no parque de estacionamento na Pradera de Ordesa, (atenção que há épocas do ano que não se pode levar a viatura até ao parque, a viajem terá de ser feita de autocarro a partir de Torla), e aí iniciamos a caminhada com o objectivo Cola de Caballo.Todo o percurso é de dificuldade baixa e em grande parte com trilhos largos, por isso ser tão visitada por pessoas de todas as idades, com e sem preparação.
O rio Arazas percorre todo o vale o que propicia vegetação muito densa ao longo de quase todo o percurso, cascatas enormes e o som da água a bater nas pedras que nos proporciona um passeio relaxante e maravilhoso.









Ao longo da viagem não paramos de fotografar qual a espectacularidade e altitude de tudo o que nos envolve, desde as cascatas de Arripas, a da Cueva, passando pelas altíssimas paredes verticais e rochosas do vale originadas pela acção do antigo glaciar.







Chegados à Cola de Caballo ficamos com vontade de subir mais um pouco imaginando o que se poderia ver lá de cima. Foi um começo receoso porque tivemos que escalar um pouco mas as correntes cravadas nas rochas para o efeito ajudaram a subir sem dificuldade aparente.


Cola de Caballo



Lá em cima tudo era diferente, a vista sobre o vale era indescritível. Continuamos até ao refúgio de Góriz e aí repousamos para recarregar baterias para o regresso. Gostaria-mos de continuar até à Brecha de Rolando ou até ao topo do Monte Perdido mas o tempo já era escasso, teria-mos que pernoitar no refugio mas não estávamos precavidos para passar ali a noite e mais um dia de caminhada. Ficou logo ali a promessa de um dia regressar para cumprir o objectivo.



Panorâmica do Vale de Ordesa




Refúgio de Góriz


Começamos a descida mas optamos por outro trilho, a Senda dos Cazadores, um trilho algo perigoso de se fazer com neve ou gelo. E ainda bem que o resolvemos fazer no sentido de regresso ao parque porque no final há um desnível de 600m em zigue-zague que parece que não ter fim... torna-se desesperante! Uma aventura para quem a tentar subir.




A famosa Brecha de Rolando é visível ao fundo



Não contabilizamos o tempo que demoramos a efectuar todo este percurso mas foram cerca de 7 horas (com paragens para fotografias e refeições) e uma distancia percorrida acima dos 20 quilómetros.
O cansaço era enorme, as pernas que o digam, mas valeu muito a pena... Recomenda-se até porque nós voltaremos,

Boas caminhadas